UM DIA COMO QUALQUER
OUTRO
__Oi, tudo bem?
Estou muito nervoso,
pois esta é minha primeira crônica, e nem estava me sentindo muito animado para
escrever, pois estou com uma baita dor de cabeça, e em minha casa não tem um só
remedinho. Mas adoro a ideia de ter trabalho de escola para fazer, só assim não
preciso trabalhar na lavoura. E, além
disso, tenho duas provas, e como não sou besta aproveitei e fiquei em casa,
infelizmente meu pai me liberou só na parte da tarde.
Hoje acordei com meu pai chamando __Ei! Ei! Acorda!
Hoje nóis vai quebra milho com o tio Dino, e ainda temos que tirar leite.
Nossa! Eu estava com uma preguiça, mas não tinha
outro jeito. Levantei com a maior das molezas!
Mas não dava para fugir! Levantei-me,
fui ao banheiro, escovei os dentes e pronto, estava novinho em folha! E apesar
de ter que estudar, fui para a mangueira cumprir com minhas obrigações, e nem
demorou tanto assim. E que bom, chegando em casa tomei um leitinho bem quente e fui quebrar milho, claro, meu pai não quis
muita conversa. É trabalhoso quebrar milho, mas é edificante, pois sentir essa
energia natural do ar, desse lugarzinho calmo, tranquilo, que amo tanto, me
deixa muito feliz. Eu nunca tinha
quebrado milho antes, achei que fosse um bicho de sete cabeças, mas até que é
legal, apesar de que voltei para casa com esta dorzinha na cabeça, mas agora que
já estou relaxando com meu escrito, estou ficando mais leve e aos poucos ela está
sumindo ... sumindo...
__Esperem um pouco! É que meu irmão está chamando!
Não era nada importante, era só para atrapalhar,
logo agora que eu estava empolgado com minha crônica! Nossa, a hora passou e eu
nem percebi, como passou rápido. Vou ter que parar, pois já está quase na hora do ônibus passar e eu
me embarcar rumo a minha escola. Ele passa bem aqui, na frente de minha casa,
vem com aquele ruído severo, parece que meio louco, roncando enfurecidamente. É que já está meio velho, e gritando por se
aposentar. Mas enquanto não consegue este benefício, ele vem todos os dias da
semana, e carrega o sonho, o futuro de
garotos como eu, que trabalham para ajudar em casa e estudam buscando conhecer
algo além desse mundinho. Maravilhoso, mas mundinho! Eu adoro ir à escola, enquanto vou curtindo o
balanço do buzão, me sinto orgulhoso do lugar onde vivo, o qual vou admirando
pela janela do ônibus. Que lega! Duvido
que todo mundo tenha esse privilégio!
Então né! Acho que minha crônica deve ter ficado bem
legal! Obrigado por ter me dado sua
atenção. Até a próxima crônica.
A escola me aguarda recheada de novidades!
Autor/aluno: João Paulo Chicuta Rocha.
1º Ano C Ensino Médio. E.E.JAPORÃ- Extensão de Jacareí.
Professora: Eliana Teixeira.
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